Copa
do mundo, vitrine para mais de 2,5 bilhões de pessoas, já movimentou o país,
economicamente, socialmente, politicamente etc. Imaginada para ser um veículo
de publicidade do Brasil para o mundo o evento esportivo se tornou uma dor de
cabeça para o governo, com as manifestações que evidenciam um descontentamento
popular. Mas o que temos para mostrar ao mundo? E o que temos a esconder?
Historicamente
o Brasil sempre gostou de receber seus visitantes com demasiada pompa, desde o
Imperador D. João VI recebido com festa por ter fugido de Portugal a ser conquistada
por Napoleão até as atuais multinacionais que aqui desejam ter filiais apesar
das dificuldades burocráticas.
Nestas
visitas a ideia geral sempre foi a de mostrar o que tínhamos de melhor e
esconder as dificuldades do dia a dia da população. Todavia, nesses últimos
tempos o povo brasileiro resolveu mostrar para o mundo seu descontentamento com
os percalços domésticos da nação.
O
Brasil é muito rico em suas belezas naturais, tem um povo sabidamente cordial
mas tem muita coisa ruim como: transporte público, tributos em demasia, politica
distante dos anseios populares, grande distinção social, entre outros
problemas.
Embora
este desejo do povo de mostrar sua insatisfação os políticos continuam
escandalizando a todos com suas tramoias e armações o que enfurece ainda mais a
turba. Alguns exageros são vistos nas manifestações, mas a reação popular é
legítima no seu todo e demonstra uma evolução social.
Negar
as mazelas do Brasil nunca funcionou e agora a nação brasileira deseja apontar
todas suas feridas e dizer chega aos seus dirigentes. Não sendo segredo que os
manifestantes desejam que seu grito de indignação ecoe pelo maior espaço tempo
possível, a vitrine ideal para demonstrar este descontentamento parece mesmo a
copa do mundo.
A
copa do mundo, com sua capacidade de atrair a atenção de grande parte do
planeta servirá de palco para que o povo brasileiro possa transmitir seu
descontentamento econômico, social, político etc. Fatos que vêm amedrontando a
cúpula de poder do nosso país.
As
manifestações e atos de desobediência cívica são constantes na história
evolutiva de todo estado democrático. No Brasil o mérito de tais manifestações
não atinge a forma constituída do estado brasileiro, mas o que os cidadãos
entendem estar errado. Assim, o cidadão, representado pela multidão de
manifestantes, reitera os princípios básicos de nossa constituição, como aquele
que reza ser todo o poder emanado do povo.
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